sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Mudanças!

Meus amores!

Meu blog mudou de endereço, mudou de layout, deu uma 'repaginada'!!!
Passem por lá pra conhecer, deixar seus comentários, responder à enquete (de amor) ou apenas dá uma volta, pra mudar de ares!

Novo endereço: http//cassiamiranda.wordpress.com

Vai lá!

Beijos carinhosos, Tita

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Silêncio...

Lua morta
Rua torta
Tua porta

Bati, bati,
Silêncio...

Cartas que vão
Cartas que vêm
Não?
Vêm?

Bati, insisti,
Silêncio...

Dei às costas para tua porta
Vaguei pela rua torta
Sob o olhar da lua morta (C.M.)

sábado, 16 de outubro de 2010

Sábado


São 3h26 da madrugada de sexta-feira que virou sábado. 16 de outubro. Parei de trabalhar agora e vou relaxar lhe enviando uma carta. Ninguém mais escreve cartas. Era tão boa a sensação, a ansiedade, a surpresa e enfim, a alegria da curiosidade latente. Ler o conteúdo. Ler agora ou fazer suspense?
Já vi muitos e muitos sóis nascerem. Os insones são assim. Eles espreitam a noite enquanto o silêncio grita. E nesse vácuo de solitude, pensa-se, pensa-se, e pensa-se. E ouve-se música. Otto, pernambucano, genial. “Naquela Mesa”, de Sérgio Bittercourt. Ele fala de memórias do pai. “Se eu soubesse o quanto dói a vida, e essa dor tão doída não doía assim”.
É meio uma dor que dói na alma da gente. Eu sinto muitas vezes essa dor doída que nada preenche o vazio que ela deixa dentro do peito. Na maioria das vezes nem sabemos o motivo de tanto incômodo. É como se a alma precisasse sair desse corpo que nos prende e quisesse voar. A liberdade rodrigueana é mais importante que o pão. E mesmo assim, ninguém a quer totalmente.
Eu entendo isso. A busca. A busca da idéia, da criação, do trabalho, do barulho do mar, do amor com a sensação do primeiro, das lembranças boas. As cartas de amor são pra isso. Pra se trocar emoções distantes na geografia. Pra se admirar um possível amor que não vai chegar. E chega, de mansinho, disfarçado, gripado, poeta.
Essa é a melhor parte das conversas inacabadas. Das vontades contidas, das emoções guardadas cuidadosamente, pra não machucar o coração. Que é tão frágil, mas tão frágil, que no próximo minuto ele pode parar! Parar de saudade, de ansiedade, de alegrias, de bons ou de maus momentos.
E aí me vejo, no meio da madrugada, escrevendo para uma pessoa linda - pois é assim que me parece – cartas ‘de mim’. E usando sua metáfora, me despetalo pra você, como se estivéssemos a sós, com olhos parados e vidrados no olho do outro, procurando encontrar onde se escondem nossas fraquezas. Nossas forças, já as conhecemos. E elas não nos deixam totalmente entregues ao outro. A fragilidade seduz. A força também. Paradoxo.
Passo do amigo Otto, às músicas de Sade Adu, a nigeriana mais britânica do planeta, que acalma a alma com sua voz aveludada e jazzística. E ela diz: “He told me sweet lies of sweet loves/Heavy with the burden of the truth” (Ele me contou doces mentiras sobre doces amores, com o peso da verdade). O que mais pedir a quem nos conta mentiras sinceras? Como em Like a Tattoo, não passamos de ‘famintos pela vida e sedentos por um rio distante, como o peso da idade’. E a busca se faz presente outra vez!
Imagino o cheiro do jasmim. E começo a viajar nas nossas impossibilidades.
(C.M.)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Desencontro


Profissionais ocupados. Profissionais da mídia, em tempo de campanha eleitoral, mau vê sua própria casa, quanto mais os amigos, familiares e amores.
Não há tempo. Chega-se de uma caminhada, entra-se no carro e quando a gente vê tá no Sertão de Pernambuco, trabalhando. É do litoral ao sertão. Vinte e quatro horas no ar, sem nem lembrar a própria vida, já que o que importa mesmo, naquele momento, é o produto do nosso trabalho.
Com olhos atentos, buscando personagens para nossas matérias, tornando a verdade mais verdadeira. Buscando humanizar o cenário, que com a velocidade da internet, nos deixa com o olhar cada vez mais duro.
Mesmo assim, ainda nos emocionamos. É muita dureza, muita luta por uma vida tão vazia de maiores expectativas. Futuro? O futuro é o dia de amanhã, se houver. De resto, nas mãos de Deus.
Mas entre uma caminhada e outra, a gente vai conhecendo os colegas. Vai criando laços de amizade, de companheirismo, de parceria mesmo. Desta vez fui muito feliz.
Fizemos uma campanha linda, limpa, altiva, como disse nosso Senador Jarbas Vasconcelos. Fomos vitoriosos, pois tivemos a sorte de ter uma equipe coesa, que lutava pelo mesmo objetivo. Divergências, estresse, claro que houve! No meio de uma campanha majoritária, quem disser que não estressou, está sendo diplomático!
Mas isso tudo é o que nos move. É o que me faz passar a noite acordada, já na ansiedade do dia seguinte. E a gente acaba colhendo bons frutos. Como em tudo na vida. Colhi amigos maravilhosos que sei que serão pra sempre. Colhi uma experiência diferente de todas as outras campanhas que já fiz. Colhi até um amigo super inteligente que mora lá no Maranhão! É, na terra dos Sarney! Dá pra crer? Pois é! Mas é inteligente, é sensível, é cérebro. Tudo que me seduz!
Ganhei tanta coisa boa, que só posso agradecer!
Apesar de alguns desencontros forçados pela própria profissão, ando a espera da melhor das colheitas. Você sabe disso! Telefonemas, milhões. Vontade de encontrar, muita! Mas desencontros acontecem. Somos profissionais. O dia vai chegar. Estou exercitando a minha capacidade de paciência.
Ah! E ganhei de volta minha inspiração! Que estava adormecida há mais de um ano. Renasci.
Valeu!!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Conversas Inacabadas II


Não, não me invejes. O luar do Sertão, inspiração dos mais simples aos mais nobres poetas, foi apenas um referencial, o qual a sociedade reportou ao romantismo ou ao amor romântico”. Nada mais que uma ferramenta de trabalho dos 'arquitetos' das palavras. Nem sempre há amor em palavras bonitas. Apenas inspiração, ou um talento para o jogo delas (as palavras).
Portanto não me invejes! Como lhe falei em outra dessas tantas 'alucinações literárias', se é que posso chamá-las assim, você foi apenas um gatilho para minha imaginação, que anda um pouco estagnada por causa desse ritmo frenético de trabalho.
Amanheceu no Sertão e, engraçado, não ouvi sons de passarinhos, como ouço todos os dias, na janela do meu quarto, no meio de um bairro - imprensado pelo pseudo-glamour de Boa Viagem e a decadência-verdade de Piedade - Setúbal.
Descobri que até os passarinhos sertanejos perderam suas poesias e migraram atrás de paragens mais urbanas e menos provincianas. A vanguarda e o desenvolvimento seduzem até mesmo as aves.
Deve ser bom me ler. Melhor ainda deve ser 'me receber' por e-mail! Penso que, se eu fosse a fonte de inspiração de um homem, eu seria menos animalesca, pensaria - além da transpiração e da ação - até com um certo orgulho, por ter a 'capacidade de inspirar' e reacender um talento que estava praticamente esquecido e fechado numa dessas gavetas da alma. Dessas, que a gente guarda pensando em nunca mais abrir, porque a vida simplesmente não nos dá chance. Infelizmente, nesse país continental, nesse grande barco sem leme em que vivemos, não se paga conta com talento!
Quanto a sua preocupação no que diz respeito a sua única e tão masculina forma de ver as coisas mais poéticas da vida, quê dizer, se não apenas calar? Talvez esse seja o erro do 'feminino'. Procurar - ou tentar - achar poesia em tudo e, através das almas alheias, tentar reproduzir um pouco das próprias.
Não me leve tão a sério! Somos produtos, também de "mentiras sinceras", como disse em certa letra de uma de suas músicas, o grande e contemporâneo poeta Cazuza.
Estou muito cansada. Vou voltar a dormir e tentar captar das suas palavras, apenas o medo do desconhecido. E não uma tão simplória e genuína prova de que a sensibilidade masculina ainda está a alguns bons centímetros abaixo do cérebro!
Meus olhos teimam em fechar. Preciso aproveitar esse raro momento de trégua.
Boa e longa vida pautada na razão! Lucidez é um defeito que as almas poéticas - definitivamente - não o têm!
Realmente, não consigo manter-me acordada!

Dia bom pra você!

Conversas Inacabadas I


Sentada numa pizzaria de quinta, num meio do Sertão que esfria, um frio de terceira, mas que me dá uma fervura de primeira no coração, quando olho pra lua plena de luz.
Ah! É cheia. É cheia de lua, de crateras, de Sãos Jorges que, de cima dos seus dragões, procuram poesia num boteco qualquer, através de suas lunetas imaginárias e ávidas por um romantismo de voyeur.
A lua está cheia aqui no Sertão! A lua está cheia no meu coração.
Assisto agora um guia eleitoral de décima, mas acredito no Quinze.
Mas, sim, como a lua está aí, da sua janela?
E estrelas? Já as viu hoje?
Eu, ainda não. Estou assistindo minha estrela maior. O guia eleitoral agora é de primeira!
Hoje é dia de Martini Bianco. É dia de relaxar e de pensar em alguém que não conheço, mas pra quem resolvi presentear com minha inspiração.
Inspiração? Ou cansaço? Ou saudade, ou melancolia, ou uma leve decepção com o ser humano?
É. A lua está cheia. Eu estou a 520 km de saudade.

Uma noite tranquila. Guarde a noite boa pra nós!
A minha vai ser um pouco "tonta". Prefiro ver o mundo girar do que me lembrar.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

DIA DO ANIMAL- Respeito e Solidariedade




O Movimento de Defesa Animal de Pernambuco saúda o DIA DO ANIMAL, no próximo sábado, 25 de setembro, às 08 horas, no Segundo Jardim, em Boa Viagem,com uma grande festa que comemora, também, a sanção da Lei do Direito à Vida.

O Evento é aberto ao público, que pode levar seus animais e a doação de um produto, como ração ou fermífugo, destinado a ONG´s de Defesa Animal.

A Coordenação da festa é da AAdama e do Blog Dogmidia e a programaçao vai constar de campanhas educativas como posse responsável; controle populacional; higiene e saúde; adoção; além de palestras e apresentação de agility e adestramento com a equipe do Projeto Educãodo, de Nahum Anselmo.

Esperamos todos vocês neste grande ato pela dignidade dos nossos animais e leve sua DOAÇÃO para aqueles animaizinhos que estão nos abrigos precisando da sua ajuda e do seu AMOR.

Programação :

08:30- Leishmaniose Visceral: como enfrentar este desafio!- veterinaria Viviane Falcão Pedrosa ( Companhia Intervet Schering-Plough)

09:00- Maus Tratos- Como denunciar?- Dra Verônica Azevedo - Delegada do Meio Ambiente.

09:30- A Nova Lei do Direito à Vida Animal- implicações e responsabilidades- Maria Padilha- Presidente da Aadama- (Associação dos Amigos e Defensores dos Animais e Meio Ambiente)

10:00- Homenagens aos Amigos dos Animais

Apresentaçao de agility e adestramento com a equipe do Projeto Educãodo

VENDAS DE CAMISAS DO MOVIMENTO DE DEFESA ANIMAL

São empresas amigas dos animais neste evento:

COLEIRA SCALIBOUR- Companhia Intervet Schering-Plough
VETNIL- RECEITA DE CAMPEOES
CANINOS PET CLUBE
PROJETO EDUCÃODO

"Todas as coisas da criação são filhos do Pai e irmãos do homem... DEUS quer que ajudemos aos animais, se necessitam de ajuda. Toda criatura em desgraça tem o mesmo direito a ser protegida." (São Francisco de Assis)


*Fonte: Dog Mídia

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Preá agora é Blogueiro


O nosso amigo e fotojornalista, Josenildo Tenório (Preá), mergulhou de cabeça no mundo virtual! Agora ele tem o seu "Cantinho do Preá" para postar não só suas fotografias, mas também os seus causos, que nos são relatados sempre nas viagens pelo Estado de Pernambuco!
Acessem e sigam: http://cantinhodoprea.blogspot.com/ >> Eu indico!!!!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

SOS PATAS PRECISA DE AJUDA

A jornalista e colega Goretti Queiroz é proprietária do Blog Dog Midia e faz um apelo importante. Nessas últimas chuvas não ficaram desabrigadas apenas famílias. Os cães também sofreram com as chuvas, como ela explica no texto a seguir. Convidamos todos vocês para entrarem nessa corrente de solidariedade aos peludos, que não têm como se defender e dependem unicamente da compaixão dos seres humanos! Para conhecer o Blog Dog Midia, acesse www.dogmidia.blogspot.com

Um grande abraço, Cassia Miranda

SOS 4 patas precisa de ajuda!
Com as últimas chuvas que vêm tumultuando a vida do recifense entrou água no quintal e canis da casa que abriga a SOS 4 Patas. E se antes os cães la abrigados já viviam em situação dificil por causa da lama, agora está impraticável. Hoje eles estão divididos entre o quarto e o banheiro: são 38 cães em dois espaços que não chega a 8 mts quadrados. O Sonho da SOS 4 Patas é fazer um piso nos canis.

O Apelo é de Conceição Maciel que espera poder contar com o minimo de ajuda. "Se cada um colaborar com 1 saco de cimento e 1 mt de areia as coisas podem caminhar e progredir, mas não temos outra opção".

Contato:
Conceição Maciel
cecinhamaciel@hotmail.com
sosquatropatasecia@gmail.com
Fone: 88492360 e 88026984
SOS 4 Patas


"Fazer o bem alegra o coração, e nos conecta com esse universo de luz que está a nossa volta"
(Goretti Queiroz)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Panis et Circenses



Desde a Roma antiga e seus imperadores tiranos, foi criada a política do ‘Pão e Circo’. Por causa dos camponeses que migravam da zona rural, houve um crescimento urbano muito grande, causando sérios problemas sociais. O imperador Caio Augustus, com medo da revolta da população pela falta de emprego, teve a grande idéia de criar a política “panem et circences”, que nada mais é do que alimento e diversão para uma população sem informação. Na Roma antiga, havia as lutas dos gladiadores e, durante elas, eram distribuídos alimentos como trigo e pão. A população se divertia com as lutas, matava sua fome, e não passava pelas suas cabeças, voltar-se contra o império.
Essa técnica não foi esquecida aqui no Brasil. No nosso caso, o presidente (quase imperador) criou o “Bolsa Família”, entre outros benefícios para seu povo. Tantos, que a população sem acesso à informação e sem oportunidade de crescimento, começou a “produzir” filhos em série. Afinal, pra que trabalhar? Com um governo tão bonzinho, o negócio é manter “os menino” na escola! E por trás dessas benesses está uma rede de corrupção que o povo não vê, porque está muito agradecido pelos ‘presentes recebidos’.
Mas este ano, a coisa é muito mais grave: ano eleitoral e Copa do Mundo! Pois é. Haja pão e haja circo! É tanta distração para uma população tão carente de tudo, que dá até medo do resultado das urnas! Já no futebol, a gente tem mesmo que apelar para a sorte, porque nossa seleção tremeu no amistoso contra o Zimbábue, e olhe que eu nem entendo de futebol! O primeiro gol só veio no finalzinho do primeiro tempo e, como sempre, o time só tomou fôlego no segundo tempo. A seleção brasileira tem essa característica: só começa a trabalhar quando, ameaçada, toma gol ou se vê diante de uma possível vergonhosa derrota para um país que talvez nem conste no ranking dos melhores (bem provável).
Em 2010, nossos Coliseus são os estádios, na África do Sul. Quem vai tirar o foco da galera que mora no ‘país do futebol’ ensandecida pelo hexa? Quem vai prestar atenção nas propostas dos políticos que NÓS vamos escolher em Outubro?
O que eu desejo é sorte para a seleção, e discernimento para o povo, na hora do voto. Do contrário, vamos continuar na política do “pão e circo”. (Cassia Miranda)

domingo, 30 de maio de 2010

Serão os jornalistas subprofissionais?

Não vamos entrar no mérito da necessidade ou não do diploma. Essa é outra discussão. Importantíssima, por sinal. Mas o que me traz aqui hoje é a seguinte pergunta: com que olhos empresas, empresários, profissionais liberais, enfim, leigos em Assessoria de Comunicação nos enxergam? O que será que eles vêem? Como a versão ‘new age’ de São Francisco de Assis? Como pessoas que cursaram universidades, se especializaram em divulgar informações e cuidar da imagem das empresas e das pessoas com competência, só por hobby? Como pessoas que não precisam pagar contas e se sustentar e também suas famílias?
O assessor de comunicação ou as Assessorias, elas têm custos, pagam impostos, pagam seus telefones convencionais e celulares, pagam estagiários, jornalistas, terceirizados, e trabalham como médicos plantonistas: 24h no ar. Nós não desligamos celulares, passamos o dia em função dos nossos clientes para mostrar um trabalho bem feito e acima de tudo, com comprometimento.
Muitas vezes recebemos propostas indecentes! Assessorar empresas, pessoas físicas, políticos, profissionais de qualquer setor, por um valor que não se pode sequer chamar de “simbólico”, ou ouvimos aquela velha frase “estamos sem condições de contratar agora, mas num futuro próximo, talvez.”, mas querem o nosso serviço pra agora! Ou pior, pedem orçamentos para coberturas de eventos gigantescos, para trabalho de nível nacional, e em seguida, pedem para baixarmos o valor pela metade ou até mais que isso!”
Será que essas pessoas tão informadas, tão estudadas, tão-tão-tão... acham que jornalistas são subempregados, voluntários natos ou ricos excêntricos, que na falta do que fazer, resolveram ir trabalhar? O que será que se passa nessas cabecinhas tão espertas? Ou ignorantes? (no sentido de ignorar o que é uma Assessoria de Comunicação).
Então, queridos, sentimos informar-lhes que nosso trabalho é árduo, tanto quanto o seu. Nós passamos por universidades, temos diploma, somos sindicalizados, temos família, pagamos conta, viajamos e queremos o melhor pra nós. Assim, como vocês.
Às vezes, quando recebemos essas ofertas absurdas, temos vontade de inverter os papéis. Será que sua empresa, ou você, pessoa física, que quer ter reconhecido seu trabalho nas mídias existentes (e são muitas hoje em dia), fariam para nós, jornalistas, seus trabalhos “for free”. Apesar de já sabermos a resposta, queríamos que ela saísse das suas bocas. Pra que vocês se sentissem como a maioria de nós se sente. Como se tivéssemos estudado, nos especializado, por mera falta do quê fazer!
Jornalismo não é voluntariado. E nós ou a grande maioria, certamente fazemos nosso voluntariado e damos a sociedade nossa parcela como cidadãos. Jornalistas e suas famílias comem, pagam contas e têm famílias. Um pouquinho de respeito é bom e todos nós gostamos. Inclusive, vocês! Ou não? (por Cassia Miranda e por todos os jornalistas que recebem propostas indecentes. E somos muitos!) *Este texto surgiu de uma conversa entre alguns jornalistas que conheço...e são muitos!

sábado, 29 de maio de 2010

Correntes...bah!

Amigos,

Vou aproveitar este espaço que, democraticamente, é todo nosso, para lhes pedir um favorzinho.
Não é nada demais, nem coisa do outro mundo.
Meus amigos e seguidores do Facebook, Twitter; meus leitores conhecidos e desconhecidos, enfim, quem tiver meu email em seus mailing lists: NÃO ENCAMINHEM "CORRENTES" para mim!

Peço-lhes por motivos simples:
1- Eu sofro de uma paranóia que se chama "e se eu não enviar essa maldita corrente?";
2- Eu não acredito em correntes, simplesmente porque tudo que me pedem, eu faço e, até hoje, não vi retorno algum (já era para eu estar milionária, no melhor emprego do mundo, passeando e conhecendo o mundo, entre outras promessas);
3- Nunca recebi o prometido telefonema, nem a pessoa que eu mentalizei chegou à minha porta, nem ganhei muito dinheiro repentinamente, 'de onde jamais esperava';
4- Tenho coisas mais importantes para fazer, para ler, para assistir, para torcer...;

E, por último, mas não menos importante, TODAS AS CORRENTES que me enviarem a partir de agora, quero que fiquem cientes, elas vão parar em mim. Não darei continuidade nem a minha paranóia, nem ao desespero de vocês, que são correntes-dependentes!
Pronto. Falei!

Amo todos vocês, meus amigos, meus leitores, todos. Não vai ser por causa dessas correntes que vamos deixar de nos gostar, de nos falar, de nos ver, enfim...

Já estou dando pulos de alegria desde esse momento. Porque sei que todos vão me entender.
Ah! Mesmo que não seja corrente religiosa, mesmo que seja até uma coisa legal, comentem comigo, mas não me enviem nada que termine com: "você tem x minutos para enviar..."; "eu sei que você gosta de mim e por isso vai enviar para todos os seus amigos...", "não deixe que essa preciosa informação pare em você",entre tantas outras baboseiras que finalizam tais emails.

E tem mais uma coisa que eu esqueci de dizer: essas correntes já me causaram transtornos com amigos que as detestam, mas que na obrigação que minha paranóia sente, eu acabo enviando para todos eles! Não quero mais discutir por causa disso. Eu adoro meus amigos e não vai ser uma CORRENTE, que me tirará esse prazer.

Ufa! Acho que agora vou me livrar desse maldito lixo eletrônico!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

"Do meio"

Filhos de casais com três rebentos não sabem o que estão fazendo com a cabeça de um ser que ainda nem tem noção do que significa viver direito. Falo de cátedra, porque sou uma “filha do meio”!
No começo, você não entende muito bem, acha que é legal, estar entre dois irmãos, portanto, na cabeça da filha (o), ela (e) terá sempre com quem brincar. Quando ela (e) começa a entender mais a hierarquia das coisas, passa a prestar atenção às apresentações dos filhos pela sua genitora: “Esta aqui é Tati, a mais velha, esta é a Rosa, vê, que gracinha, tão pequena e tão esperta! E esta, é Regina, a do meio.” Aí é quando você começa a entender que sua personalidade não deve ser muito interessante, ou quem sabe, você sequer tem uma!
É muito normal e até cultural, que os primogênitos sejam bastante festejados, afinal, é a perpetuação da família, da raça, da espécie. “Minha família terá continuidade!”, bradam os pais de primeira viagem. O que não deixa de ser uma verdade, se o destino não for bandido com eles, e se a criança conseguir – no mundo de hoje – permanecer viva para estudar, trabalhar, casar e enfim, procriar, perpetuando assim, aquele sangue, aquele pedigree, aquela linhagem, ou qualquer outra classificação que a família e seu status queiram dar ou acham que merecem.
Depois vem o segundo filho. Esse já é barbada. “Já passei por tudo isso com o primeiro, agora não vou ter problemas. Até as roupinhas eu guardei pra ele!”. É isso mesmo. O segundo sempre herda do primeiro tudo que puder. E nem tem mais tanta graça assim. Já que os pais passaram pela primeira experiência tão dolorosa e desconhecida com louvor, obviamente, a segunda experiência já não vai ter mistério. Por exemplo: o segundo filho já não precisa de tanto paparicado (a), não precisa ser ninada (o) na cadeira de balanço (porque a sogra ou a mãe da mãe de segunda viagem ensinou que “basta deixá-los no berço, que eles ser resolvem sozinhos!”), tem um guarda-roupas lotado de roupinhas herdadas do irmão (ã), e “pode chorar que agora eu já sei quando é dor e quando é manha!” Até aí já se criou um ser, no mínimo, carente de atenção.
Mas, pelo acaso, destino ou programação, chega ao mundo o terceiro e derradeiro rebento. Ah, o terceiro! O terceiro é a caçula, a raspa do tacho, a coisa mais linda, uma gracinha! “E pensar que eu nem lembrava mais de como era cuidar de um bebê! Vou ter que reaprender!”, explica a mãe, tão orgulhosa quanto da primeira vez! E é tudo verdade! Ela já esqueceu como é paparicar um bebê, pois com o segundo, foi tudo muito fácil. “Estava tudo fresquinho na memória. Mas três anos depois?”
Então a caçula ganha tudo novo! É como se fosse a reencarnação do primeiro, entende? Roupinhas, brinquedos, amassos, beijos, abraços, enfim, contornado o ciúme do primeiro, o segundo automaticamente entende que não é para sentir ciúmes e fica tudo bem. Tudo bem para a caçulinha, que passa a ser a atração principal da casa. Tudo é para ela, todas as atenções, cuidados e carinhos, afinal, ela é a menininha pequenininha, a bebezinha da família!

Nessas alturas, a primeira (o) já é madura (o) o suficiente para entender, pois teve tanta atenção que já está seguro (a) de que seus pais o (a) amam de verdade! E a (o) do meio? Que nem resolveu sua carência em relação ao segundo? Bom, a (o) segundo, a (o) “do meio”, continua carente e chato! Porque ele precisa chamar atenção para si de qualquer forma e a todo custo. Por isso muitas crianças que ficaram entre dois irmãos são, na maioria das vezes, tão chatos, desagradáveis, provocativos, irônicos, críticos, entre outras coisinhas mais. Eles precisam, eles querem saber qual o seu lugar nessa hierarquia tão complicada para a cabeça de uma criança.
Mas a vida passa e é tão rápido, que as pessoas vão convivendo com aquele ser tão diferente dos irmãos (ãs) normalmente, porque o ser humano se acostuma com tudo. Com miséria, com dor, com alegria e com carência. O que resta ao filho do meio? Tentar ser o melhor. Caso ele não consiga (de verdade, ou apenas dentro da sua cabecinha de criança), ele será um adulto com todas aquelas qualidades distorcidas que já citei e, além de uma pessoa muito difícil, será um paciente em potencial para qualquer psiquiatra e afins.
As mães precisam entender que não é condição obrigatória amar todos em igual intensidade. A tendência do ser humano é ter preferências, é escolher. Mesmo que de forma velada. Porque é humano e as mães são humanas. Por isso, e com medo de ser obrigada a ter um segundo e, talvez, um quarto filho, preferi ficar no primeiro. Podendo evitar, não tenha um “do meio”! Dois ou quatro são as fórmulas perfeitas (pra quem pode dar o melhor, igualmente, a todos). Do contrário, nem posso imaginar as criaturas que serão criadas nessa lacuna, entre dois amores!
(Cassia Miranda)

terça-feira, 18 de maio de 2010

Terapia, eu faço!

Depois de muitas conversas, de muitas tentativas de ida, mas com aquela vontade que não aparecia, consegui iniciar ‘aquele processo’ de me arrumar, pegar o elevador, entrar no meu carro e dirigir rumo à psicóloga, a terapeuta recomendada pela Luce (sempre ela), que está gostando muito, “porque ela é uma pessoa fantástica, tenho certeza que você vai adorar. Vá Cacilda, você vai esquecer todos os seus fantasmas. Eu estou adorando!”.
Pois bem. Não é nada fácil sair de casa depois de um histórico de perdas graves, que nem caberia aqui, se eu listasse. Pra resumir, eu não queria ver, ouvir, ou falar com ninguém. Estava bem dentro do meu quarto, minha muralha, minha segurança.
Chegando ao edifício onde está o consultório da terapeuta, deixei o carro na garagem e peguei o elevador. Quinto andar. Nesses poucos minutos pensei no vazio. Pensei branco. Pensei nada. Ao mesmo tempo, o outro lado do meu cérebro me dizia: “você não vai gostar, ela deve ser uma pessoa comum, nada tão inteligente, você não precisa disso, ela deve ser mediana, saia dessa agora!” e ainda “e se ela ficar calada durante toda a sessão? E se ela não conduzir o fio da conversa? Vou ter que falar não só sobre toda a minha vida, como ainda terei que expor todo mundo com quem convivo.” Nesse momento senti preguiça.
Chegando ao quinto andar, enquanto procurava seu consultório, ainda deu tempo de ouvir meu pensamento dizer: “O que é que estou fazendo aqui?”
É aqui. Encontrei o consultório. Ao adentrar o recinto, vi uma mulher com uma aura tão boa, sentada numa mesinha, que na verdade é destinada à sua secretária, que não estava lá naquela hora. “Ah! Então é você? A Luce me falou tão bem de tudo, que aqui estou!” Gente, vocês não têm noção do meu bloqueio para pessoas que acabei de conhecer! Mas, para quebrar o gelo, engoli o homem da cobra. Sabe? Aquele que não pára de falar? Pois é. Falei do calor, do trânsito, da hora, da cidade, e de repente, virei e disse: “Certo, mas como vai ser aqui? Eu sento, deito, fico falando e você calada, anotando? Ou você deita, e eu anoto o que vou falando, enquanto você fica calada? Ou ficamos as duas caladas? Ou as duas anotam, uma deita no sofá e outra na cadeira?”
Porém, não foi nada tão complicado assim. Ela é boa mesmo. Fiquei muito à vontade, falei de várias coisas ao mesmo tempo, porque ela me propôs uma conversa assim, sem temas específicos no começo. E eu fui falando sobre coisas que eu precisava dizer a algum tempo e que não poderia ser para família e nem amigos. Algumas coisas ficam guardadas lá atrás, na criança, na adolescente, e de tão bem guardadas, o corpo da gente acaba avisando que, com tanta velocidade de pensamento, ele pode falhar. E ser fatal. A conversa fluiu.
Estou começando a me entender. Ainda assim, bloqueio e/ou travo, nas ocasiões em que sempre agi assim. As coisas não mudam, ou melhor, não amadurecem do dia para a noite. É preciso tempo, e cada um tem o seu. Não é fácil sobreviver quando se tem um cérebro que roda com tamanha velocidade como o meu.
Tenho me esforçado para trabalhar minha tolerância com as pessoas. Assim serei tolerante comigo. Entre outras tantas de coisas que são ‘qualidades destorcidas’ e não, defeito. Isso eu já aprendi.
Se eu vou mudar? Certamente, não. Mas vou rever alguns conceitos diante de muitas coisas na minha vida, que sempre me atrapalharam muito. E como a vida não é estática, de repente, eu até mudo um pouco. Para alívio dos que me rodeiam.(Cassia Miranda)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE QUALIDADE DE VIDA CHEGA A PERNAMBUCO

Qualidade de vida é uma necessidade vital para o ser humano. Ter qualidade de vida não é só gozar de boa saúde física e mental. É estar bem com você mesmo, com a família, com os amigos, com o trabalho, com os relacionamentos afetivos, profissionais e espirituais.

Na vida moderna, mal temos tempo para pensar em qualidade de vida. São muitas atribuições profissionais, a pressa, o rush do trânsito, levar e buscar filho nas escolas e aulas extracurriculares, como balé, judô, natação, Inglês, entre tantas outras atividades. Administrar trabalho e casa é não fácil, muito menos prazeroso. A maioria das pessoas diz que 24h é pouco tempo para as atividades que desenvolvem durante todo o dia.

Além disso, a grande maioria das famílias brasileiras não tem condições de proporcionar lazer a elas próprias, o que torna o final de semana um “tempo extra” para colocar em dia o trabalho atrasado, assistir às novelas que perdeu durante a semana, ou ficar, mais uma vez, em frente ao computador, procurando uma maneira de se divertir.

Porém, qualidade de vida engloba muitas questões, que muitas vezes fazemos tão automaticamente, que nem notamos se as desenvolvemos com qualidade ou não. Ter tempo para tomar um bom café da manhã, tomar menos de quatro cafezinhos durante o dia, menos que cinco doses de bebida alcoólica durante a semana, praticar atividades físicas com freqüência, ter a consciência de se proteger do sol forte, usando um bloqueador solar, ter um tempo do dia só seu para relaxar, meditar, ou apenas descansar, viver em harmonia familiar, ter um olhar positivo para o mundo, manter um bom relacionamento com a equipe de trabalho, saber se impor profissionalmente, saber valorizar seu trabalho, saber trabalhar em equipe, essas são apenas umas das inúmeras atitudes diante da vida, que dirão, se temos ou não, a tão desejada qualidade de vida.

Pensando em todas essas questões, em 1995, em São Paulo, foi criada a Associação Brasileira de Qualidade de Vida. Entidade sem fins lucrativos, a Associação depende da contribuição de seus associados e empresas mantenedoras para realizar suas atividades, tendo como compromisso, melhorar a vida das pessoas, particularmente a qualidade de vida no trabalho.

Tem como visão ser uma entidade de vanguarda em assuntos referentes à Qualidade de Vida. Entre seus objetivos estão: promover a integração e desenvolvimento de profissionais multidisciplinares, influenciar processos de transformações sócias e organizacionais em qualidade de vida, divulgar informações de diferentes naturezas, mostrando tendências, novidades, novos conceitos e prática de mercado, além de premiar organizações que se destaquem na área de qualidade de vida.

A expansão da ABQV se dá pela formação de núcleos estaduais, pretendendo que se multiplique por todos os estados do país. O processo é simples: profissionais são convidados para formar Comitês de Implantação. O trabalho começa sem uma diretoria local formal. Em lugar disso, atuam os membros do comitê. À medida que a adesão local cresce, esse núcleo passa a ter mais formalização e cargos. É quando o núcleo se candidata a ser uma representante da entidade. Está acontecendo assim no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Pernambuco é o terceiro estado a entrar na era da qualidade de vida, coisa tão pouco explorada e quase desconhecida para os pernambucanos.

Para comandar o processo em Pernambuco, foram convidados para membros de implantação do Comitê, o consultor e professor de gestão da saúde e qualidade de vida no trabalho, Paulo Erlich e a gerente da Divisão de Saúde e bem-estar da Chesf, Heloísa Nóbrega. Para o líder do comitê pernambucano, Paulo Erlich, “Um preceito fundamental que queremos passar para as empresas é que elas devem considerar a saúde dos empregados com um ativo em que elas precisam investir, para atingir mais facilmente seus objetivos. Melhorar o nível de saúde da força de trabalho resulta, falando apenas de alguns aspectos objetivos, em menor absenteísmo por doença, menor presenteismo (funcionários presentes, mas não produtivos, em função de problema físico ou mental) e menores custos de assistência médica. Isso se reflete na produtividade da empresa e, afinal de contas, em seus resultados financeiros.” (Cassia Miranda)

SERVIÇO:
QUE: LANÇAMENTO DA ABQV-PE
QUANDO: TERÇA-FEIRA, 25 DE MAIO
ONDE: AUDITÓRIO DA LIVRARIA CULTURA DO PAÇO ALFÂNDEGA
QUE HORAS:19h

CONTATOS:
SÂMIA SIMURRO – VP de Projetos e responsável pela expansão da ABQV
Fones: (11) 72064476 / 32845337
E-mail: samia@ser-psi.com.br

PAULO ERLICH – Consultor e professor de Gestão da Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho
Fones: (81) 9994.3306 / 3268.6465
E-mail: perlich@luminaonline.com.br

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Reencontro

Coincidências não existem e tampouco o acaso. Se nos encontramos nesse momento das nossas vidas, assim nos programamos antes, em algum outro lugar. Não creia ser finito. O que acaba é este corpo que hospeda nossos espíritos, viajantes de tantos mundos. Se nos achamos dentro deste planeta tão grande, alguma coisa temos a nos ensinar e a nos aprender. Temos que nos perdoar e aprendermos a nos re-amar. Não foi por nada menos que o Divino que nos fez ver um ao outro e nos reencontrarmos.
Tome seu fôlego que eu vou respirar. Aquela febre que eu senti não foi em vão. Onde estava naquele momento? Agora começo a compreender meus sentimentos confusos, minha busca incessante por algum sentido que não chegava à minha vida. E agora o vejo tão claro.
Por que nossa intimidade se perdeu? Quando foi que optamos por diferentes direções? Há quantas vidas nos procurávamos? Não temos tempo a perder com respostas. É urgente o nosso reencontro! Meu desejo é tão pulsante quanto o seu! E temos pressa. E temos sede.
Precisamos nos tocar, nos sentir, nos reconhecer. Para que todo e qualquer ressentimento seja esquecido e perdoado.
Superemos aquela antiga dor. Que ela se transforme em prazer e sorrisos. Em manhãs ensolaradas e noites de lua cheia. Que nosso amor tenha o barulho das ondas do mar: tranqüilo e constante, revolto e calmaria. Que sua respiração ofegante, seu suor caído da sua testa no meu peito, seus gemidos, fiquem impregnados em minha alma, para eu nunca esquecer de te reconhecer. Quero seu abraço seguro e firme, sua força, seu carinho, mas quero também sua fragilidade, sua doçura e sua insegurança.
Você estava no meu caminho ou eu estava no seu? Aonde essa estrada nos levará? Não questione, não questione o universo. As respostas já as tem. Você sempre soube de mim. Tanto que me reconheceu no meio de tanta gente!
Não fique triste, meu menino bonito. Estou sempre com você, a lhe velar. Sou dona do seu desejo, domadora dos seus medos. Seu porto seguro de amor. Não vá embora. Não agora. Fique comigo. Quero seu carinho. Preciso tanto me lembrar... (Cassia Miranda)
*Texto encontrado dentro de um dos meus milhões de blocos. Foi escrito em Maracaípe, na casa do João, no dia 23/09/2007. Falava da nossa relação, do nosso amor tão grande. Parecia prever alguma coisa à frente ou foi obra do 'acaso'? Preciso dizer que o João nunca o leu.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O poder e o tempo

(Para João)

Quisera eu ter o poder

De retroceder os ponteiros dos relógios,

Os ponteiros da existência.

E reverter todas as vidas,

Todos os tempos,

Todos os momentos importantes, raros.

E encontrar pessoas e coisas que se foram,

Sem dar tempo de dizer adeus. (Cassia Miranda)

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Toda mulher morre aos 40 (ou parte dela)!

Fiquem calmas, mulheres e lobas do Brasil! O título é meio estranho, mas logo todas vocês entenderão.
Ser mulher é ótimo, mas não é brincadeira. Mulher menstrua, sente cólicas horríveis, tem TPM (quantos relacionamentos não findaram por causa dessas três letrinhas infames?), fica grávida, engorda mais do que deveria e com isso, ganha estrias. Celulite, nem se conta, porque faz parte da verdadeira mulher, como se viesse no DNA. Ou vem? Ainda tem os enjôos, as azias, e finalmente, o bebê. Lindo, fofo! Ele é o bônus. Já o ônus...mais celulites, peito arriado, noites inteiras acordadas, cólicas, fome, insônia (bebê também tem insônia, só que ele acorda a mãe, o papai fica dormindo), entre tantas outras alegrias da maternidade.
Quando passa essa etapa da vida da gente, tudo é bom! É o relacionamento que virou família, é ver o filho crescendo, a primeira palavra, a primeira aula, o primeiro dente, a primeira risada, o primeiro tombo, os primeiros pontos (toda criança cai e vai bater numa emergência de hospital), é o idílio! Os filhos vão crescendo e a mãe acompanha as lições de casa, ensina a lavar as mãos, escovar os dentes, a dizer, ”por favor”, “obrigada”, “me desculpe”, e tudo é lindo. A vida é linda, ser mãe é o máximo. “Só a mulher tem a soberania sobre a gravidez”, eu já ouvi isso de uma mulher. Detalhe: ela disse super orgulhosa de ser obrigada a carregar uma barriga que lá pros sete meses, a gente fica sem saber se dorme ou fica acordada, por falta de posição na cama. Viramos tartarugas. Mas as tartarugas mais felizes do uninverso! Vamos ter um filho!
Quando a mulher tem seus filhos ainda novinha, ótimo. (Se não é o seu caso, você é uma mãe-avó, mas tudo bem.) Porque ela sempre vai receber um elogio tipo “namorado novo” ou vai ouvir a célebre frase: “nossa! Parecem irmãos!” (ouço muito isso. Aliás, já ouvi os dois). Aí é a nossa redenção! Quem não quer ser a mãe gata do amigo do colégio?
Nessa fase ainda temos gás para malhar, deixar o filho no colégio, ir trabalhar, voltar pra pegar o filho na aula de jiu-jítsu, karatê, judô, balé, natação, inglês, patinação, jogos escolares, e ainda chegamos em casa com tudo em cima, inclusive a vontade de tomar aquela ducha pra esperar o maridão! Opa! Nem sempre há um maridão esperando por nós...
Tendências naturais dos seres humanos, demonstram que o “felizes para sempre” e o “até que a morte vos separe”, dito pelo padre, pastor, juiz de paz, rabino, etc., é pura obrigação. Eles falam porque está o script! Mas eles têm certeza de que é mentira. E como na vida tudo é efêmero, os casamentos também acabam. E os filhos, geralmente, ficam com as mães. Até aí, beleza.
Nessas alturas, a mãe já está na faixa dos 35 anos e animadíssima à espera da Idade da Loba! Toda mulher quer chegar aos 40, porque toda bibliografia moderna voltada para esse assunto demonstra que mulheres, depois dos 40, são mais felizes, encontram sua alma gêmea, obtêm sucesso no trabalho, enriquecem, enfim, os 40 anos é um marco. A pedra fundamental para a construção do futuro feminino. Seguro e pleno!
Enquanto isso, o filho já está na faculdade e é motivo para mais orgulho. Ele se forma, você já se divorciou, está livre, e finalmente, chega aos 40! Quando lhe perguntam a idade, você responde altiva: eu tenho 40! Nessa época a loba se solta, os cordeiros aparecem, e tudo é uma festa.
No ano seguinte, você já não tem mais vontade de dizer sua idade. Pra quê? Um dado deste teor é totalmente desinteressante. O que importa é a aparência, se ela é antenada, o que conta é a juventude do espírito (pouca gente acredita em Espiritismo, mas utiliza-se muito desse recurso), a independência, a cabeça boa, a bagagem profissional, a superioridade intelectual, o papo interessante, etc. Ah! Nessas alturas, celulites e estrias são ‘parte da história de uma vida’ (essa é dos homens), e nada disso é relevante.
Quando a mulher é inteligente e faz check up todos os anos, ela começa a descobrir novas companheiras com as quais ela jamais pensou conviver: menopausa precoce, hipotireoidismo, hipertireoidismo, osteopenia, pressão alta, alergias das mais variadas, dores que nunca havia conhecido, e a lista é enorme. Nem me peça pra listar! Mas não podemos deixar de citar a depressão, a síndrome do pânico e a necessidade de uma boa terapeuta.
E aí, nos anos seguintes você, que é uma mulher interessante, continuará sendo objeto de desejo de alguns homens ou mulheres. Mas, na hora do ‘se conhecer’, sempre vem aquela perguntinha desagradável e inoportuna: “Desculpa perguntar, mas qual a sua idade?” (se já começou pedindo desculpas, não deveria sequer terminar!). E independente da sua idade, da sua condição, da sua vida, da quantidade do seu QI, você vai responder com a maior segurança do mundo: “Eu tenho 40, e você?” (Cassia Miranda)

Insônia

É madrugada. Quase manhã. Preciso fugir dessa insônia que me persegue desde pequena.
Nada pode ser pior do que a solidão não desejada. O barulho do silêncio grita em meus ouvidos surdos.
Eu não sei se sou uma boa pessoa. Não sei se um dia serei alguém perto da perfeição, nem se saberei perdoar. Deus, seja ele quem for para você e para mim, não me dá muito tempo para pensar nele.
Penso muito na perfeição das pessoas que me rodeiam. Fico alegre e me entristeço por não conseguir ser melhor.
Minha cabeça é um turbilhão de pensamentos insanos e difíceis de esquecer. Lembro muito das coisas ruins que já vivi, das tragédias do mundo, dos pesadelos (quando me lembro deles), das perdas e da saudade. Sou uma pessoa impregnada de saudade e solidão.
Não sei mais onde elas ficam (a saudade e a solidão), mas sei que penso nelas por todas as horas do meu dia. Penso em tanta coisa! Tantas coisas que perdi por ter me perdido no caminho. Ou me perdi dentro de mim, de tanto pensar?
A solidão é meu acessório. Levo para onde vou e, mesmo cercada de tanta gente, continuo só. Será que sou egoísta? Ou só faço assim pra me proteger? Não é fácil construir uma vida inteira de sentimentos de falência.
O barulho do silêncio me lembra que estou sem rumo. Perdi o caminho do sono. E talvez tenha perdido o meu próprio caminho. O barulho, na verdade, me atrapalha. Porque me dispersa e me leva pra longe. Mesmo sem que eu queira ir.
A cidade está escura. Todos os prédios apagados, nenhuma pessoa na rua sequer, e eu aqui. Cheia de ausência de sono, e sem querer pensar profundamente. A superfície do meu pensamento me ajuda a não entristecer. E meu pensamento confuso é cheio de imagens boas, ruins e nenhuma voz.
Somos mudos. Meus sonhos, o espaço da minha casa, e eu. Acabei de concluir que não tenho testemunhas. Nem para me ver dançar, nem para me ver partir. Quem me dará adeus?
O dia já vai amanhecer... (Cassia Miranda)

terça-feira, 13 de abril de 2010

Um guerrilheiro em minha vida

Eu conheço um “guerrilheiro”. Ele é inteligente, bonito, simpatizante da causa cubana, culto, charmoso e a melhor de todas as qualidades: gostoso, muito gostoso. Sabe quando a gente sente que existe uma química, que existe uma atração, mas evita, se segura, porque sabe no que vai dar? É. Vai dar tudo de bom que você está pensando. Vai acordar o vulcão.
E o mais gostoso dessa história é observar como ele vai se chegando. Mesmo por e-mail, parece um gato, manhoso, fofo, se esgueirando pela perna, passando pela barriga, pelos braços, pelo peito, pescoço e boca. Quando eu vejo, já estou totalmente envolvida e totalmente interessada em pular do computador diretamente para a cama.
Depois de trinta e dois e-mails trocados, recebi um que dizia assim: “A vida é um combate! E a guerrilha é feita de ataques surpresa. Mas nem sempre é tão surpresa assim. Uma boa emboscada e.. . BINGO! Já era. O inimigo vai pro cativeiro e sofre todas as torturas e vontades do seu dominador”. Estão todos entendendo? O inimigo em questão sou eu! E já estou aqui imaginando as torturas que, aliás, serão completamente bem recebidas!
Uma coisa eu tenho que admitir: ele é uma pessoa linda, portanto irresistível. Essa deve ser uma das vantagens das mulheres independentes. É, porque viver sozinha tem que ter alguma vantagem, eu estou tentando descobrir qual é! Você escolhe roupa, cor do carro, suas visitas, amigos e, claro, o homem com quem você vai sair! E isso requer um trabalho imenso. Não dá pra sair com qualquer pessoa. E tem que sair como amigo, pois com inimigo é impossível, com desconhecido, um perigo. Eu tenho amigos que adoro, mas que não podem passar da mesa do bar. De jeito nenhum! E os motivos são tantos que nem vou enumerar. Dá preguiça. Mas o maior dos defeitos é: ser casado. A vida já é muito complicada. E de complicação estou fugindo. Eu só quero me divertir!
Depois de trinta e cinco e-mails resolvemos nos encontrar amanhã mesmo! Não vai rolar guerrilha, mas uma grande movimentação a favor do amor e da paz.
Viva la revolución!!! (Cassia Miranda)

domingo, 11 de abril de 2010

Ansiedade Feminina*

Várias doses de Martini.
Muito calor, mais um banho.
Nua, com o ar condicionado ligado.
Música alta (Cole Porter). Só dois cigarros de canela. Que bom!
Camarões. Muito bons.
Penso em meu pai. Ele é TUDO!
Acho que vou tomar mais um Martini e ouvir todos os CDs que gosto.
Saudades do meu amigo Jorge. Liguei. Não atende. Deve estar num bar barulhento, numa boate ou transando com o namorado. Jorge consegue ser feliz. Os homens também.
Os síndicos são muito felizes. Mas eles não existem. Eles “estão” e depois passa.
Cadê meu microchip?
Deve estar jogando charme ou agarrando uma “burguesinha”. Daquelas que passam pancake, muita sombra, e parece que têm os poros obstruídos, pois não suam nunca!
Mesmo depois de pensar tudo isso, sinto saudades do meu síndico. Minha cama é enorme.
Dormir sozinha é bom, mas é melhor dormir com ele. Gosto quando passa o braço por cima de mim de manhã e faz “conchinha”. Adoro!
Mais um Martini? Tá, só mais um.
Não estou mais conseguindo programar o som. Mau sinal...já estou trocando as letras também. E escrevendo um pouco torto. Bobagem! Amanhã dou um mergulho e a água do mar leva tudo.
Será que vou ficar de ressaca? Acho que vou ligar pro Jorge...não atendeu novamente. Garanto que está brigando porque o namorado não quer que ele atenda os números de Recife. Ciúmes!
Acho que vou à Brasília na Semana Santa. Só pra estressar essa “bi” ciumenta!
Mais um cigarro de canela. O último!
Mensagem de celular para o meu síndico, que não vai ler porque está beijando aquela mulher, a do pancake. Vai fazer aquela cara séria e desligar o telefone! Que ódio!
Acho que vou escrever um livro. Já comecei, mas tenho que terminar. O Martini já está ficando ruim...
“Pára de escrever, égua!” – o Jorge ia dizer, se estivesse aqui!
Amanhã vou à praia. Mesmo ‘“sujeita a pancadas de chuvas esparsas”. Meu síndico me fez entender que realmente todas as previsões do tempo são iguais. E quando as chuvas são “esparsas”, o sol é muito forte e o céu, muito azul! ...vou comer a cereja e deixar o resto do Martini.
O Bruno deve estar enlouquecendo na formatura. Já deve ter tirado o smoking e está dançando em cima das mesas. Vou saber de tudo na segunda. Ele vai me contar e vamos rir horrores!
Cigarro de canela enjoa. Se fosse de chocolate já teria comido! Lembrei daqueles chocolates em formato de cigarro que a gente comia quando éramos pequenos. Era tão bom!
Cheguei à conclusão que os cigarros de canela são péssimos. Devem ser legais pra parar de fumar.
Última cereja da noite. Pronto e ponto! Vou comer um chocolate. Estou carente.(Cassia Miranda)

*24/02/2002 (já é dia seguinte)

sexta-feira, 2 de abril de 2010

A vida é uma festa!

Festas. No Brasil são muitas. Muitas mesmo. Além das que não contam no calendário, existem as oficiais: Carnaval, Páscoa, Dia das Mães, São João, Dia das Crianças, dos Pais, da Avó, Natal, Réveillon... ufa! (desculpem-me se esqueci alguma delas, pois são tantas, que meu arquivo já não comporta). Enfim, as festas geralmente são para reunir a família e fazer – em um dia – o que não se fez em uma vida: interagir com felicidade plena. Na verdade estou falando de mim, que sou ranzinza de nascença. Porém quando escrevemos sobre nós mesmos, sempre corremos o risco de ser o espelho de algum leitor desprevenido ou ranzinza desavisado.
O que quero dizer é que essa eterna festa me cansa muito. Não tenho humor para isso. Acho que perdi o ritmo. Nem tanto assunto para partilhar sem que – mesmo sem propósito – ocorra uma ácida ironia. Aí se faz o silêncio de um segundo, profundo segundo, que faz de mim a pessoa mais deplorável da reunião familiar.
Aliás, ainda não entendi o motivo de ser tão convidada. Eu não me convidaria. Não consigo ser agradável nesses festejos. Sinto-me fora do contexto. Observo cada palavra trocada ou não dita. E quer saber? É melhor não me perguntar...porque eu vou responder!
Já houve tempo em que essas festinhas me eram mais prazerosas. Mas sempre senti uma tensão iminente no ar. Fazer o quê, se meus olhos enxergam o lado A das pessoas, enquanto elas se esforçam para demonstrar sempre o lado B (o da falsa felicidade, da hipocrisia, da eterna alegria).
Às vezes me pergunto: será que só eu sou chata? Será que é verdade que TODAS as pessoas ao meu redor são felizes? Será que NINGUÉM além de mim traz tristezas profundas no coração? Será que o único fundo do poço abissal é o meu? Será que só eu não sei fingir?
Sabe de uma coisa? Resolvi não entrar nesse mérito. Ia ter que falar sozinha, por isso eu escrevo! Mas vou ter que dar um jeito nesse meu ângulo de visão da vida para poder conviver com as festinhas. Na verdade, existem muitos caminhos: ou param de me convidar (eu juro que não vou ficar sentida), ou faço parte da festa no modo “corpo presente”, ou vou como expectadora (rezando pra ninguém me perguntar nada), ou melhor, na próxima festa vou amordaçada! (Cassia Miranda)

quinta-feira, 25 de março de 2010

Malhação

Check up do ano passado, janeiro de 2009.Depois de descobrir que meus ossos estão fracos, mas ainda não cheguei à Osteoporose, recebi o seguinte conselho da minha médica querida: “vá malhar para ganhar massa óssea”. Naquele instante meu mundo caiu. Já fiz muita malhação, mas quando eu era uma gata de vinte anos! Fazia duas, três aulas de aeróbica por dia e ainda enfrentava a musculação. Tinha 16% de gordura corporal, já imaginou? E eu me achava gorda, uma baleia! Como nossos jovens olhos são míopes! Como uma pessoa com 45 kg e um filho de um ou dois anos pode ser gorda?!
Mas vamos voltar aos dias atuais...
Um ano se passou e eu, finalmente, em pleno 2010, recebi um telefonema de uma grande amiga e companheira, Luce Pereira. Jornalista e escritora das melhores que conheço, por coincidência, disse que precisava conhecer uma boa academia, pois estava com os mesmos problemas que eu, além de carregar uns pesinhos a mais pela despedida do fumo.
“Que alegria”, pensei. Não vou passar pela tortura sozinha e ainda vamos encontrar pessoas conhecidas na academia e outras que nem queremos conhecer! Mas vá lá.
Numa manhã ensolarada (eca!) fomos já prontas para a primeira aula. Depois de toda a burocracia, que nos levou a manhã inteira, descobrimos que não teríamos mais tempo para malhar. Resultado: corremos para a delicatessen mais legal do bairro e fomos tomar “café da manhã” (todo diet, com queijo branco, suco natural, café e tédio), afinal tudo que é bom engorda!
No dia seguinte estávamos lá. Lindas, completamente trabalhadas na roupinha de malhar e com a coragem de dois bichos preguiça. Mas até que atuamos bem.
O problema agora é a gente conciliar nossas agendas e continuar firmes e fortes. Luce, minha querida, fique tranqüila. Vamos malhar até criarmos a bendita massa óssea.
Ah! E tem que tomar sol também! Esse, só na próxima encarnação. Não suporto os raios do astro rei. Só de pensar, já sinto um calor infernal. Nasci no país errado. Eu deveria estar no Canadá.
Ainda não deu para eu fazer amizades na academia (o contrário de Luce, que é super simpática). Mas vou passar a prestar atenção nas conversas (filho-babá-carro novo- marido chato-compras-blá,blá,blá), pra ver se eu quebro esse muro que existe entre eu e as malhadeiras de plantão. Eu juro que conto pra vocês!
Agora dá licença que vou pra academia! Vamos Luce? (Cassia Miranda)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

No meio da mão e entre os dedos

Vou re-ensinar a importância que dou aos nossos corações. Com esse órgão não se brinca porque ele pode morrer e matar a gente. Tudo faz doer, pois Deus lhe deu muita responsabilidade. Além de bater para nos manter vivos, foi ele o órgão escolhido numa “convenção mundial” como o símbolo do amor. E isso é muito importante e tem um peso imenso diante da vida e do amor romântico.
Já passou tanto tempo e você ainda não aprendeu/entendeu o que é me amar. Não é isso que você conhece. Não é tão difícil como você imagina nem tão fácil como você pensa. Eu gosto dos pensamentos eróticos no meio de uma conversa séria ou no meio de um trabalho. Pra descontrair e esquentar! Mas só eu conheço o que penso. Essa é a graça de olhar os outros.
Gosto dos beijos demorados e profundos, daqueles que parece um exame de garganta, mas que na realidade é só vontade de entrar no outro.
É muito bom quando o olho no olho confirma a pele na pele. Combustão. Paixão vulcânica. Desejo avassalador. Pressa. De ser feliz, de gargalhar, de misturar eu e o outro. De virar “apenas” e não “também”.
Sorrir do nada, achar tudo leve, inclusive a vida, mas com aquela pitada de ansiedade para se encontrar com a alma gêmea que estava até então, vagando, perdida. Onde estava você, meu amor? Ou onde estava eu, esse tempo todo?
A gente só não pode mais se perder. Mesmo que um de nós morra, a idéia é esperar o outro. Lembra que eu lhe ensinei? Aprenda a segurar meu coração no meio da mão e entre os dedos.
Não perca meu coração de você e eu juro não perder o seu.
Mas ainda falta muito. Temos muito que fazer. Muitas alegrias para viver juntos, muitos beijos profundos, muitos abraços apertados, muito orgulho pra sentir do outro, muita vida pra viver.
Mas presta atenção. Meu coração é muito frágil e aprendi a chorar quando – mesmo sem querer – deixam que ele caia, ou fique sozinho, ou sofra de saudade.
Portanto, só pegue meu coração se for para segurar no meio da mão com força e entre os dedos.(Cassia Miranda)