quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

2009 já vai tarde!

A riqueza de uma pessoa está nos tesouros simples. Mas nem todos têm olhos para vê-los. Sempre quis encontrar pessoas ricas desse tipo de tesouro. E encontrei.
Alguns foram embora cedo, porque Deus ou qualquer outra força superior e independente dos nossos desejos os chamou. Eles devem estar muito ocupados agora, iluminando nossas vidas. Outros estão por aqui, mas a vida se encarrega de nos separar por motivos vários. Mesmo assim eles são parte da nossa riqueza.
Ando um pouco calada, observando a vida. Olho com atenção cada detalhe, para não esquecer o que vi aqui quando não estiver mais participando pessoalmente das rodas, das conversas. Ultimamente tenho andado distante mesmo. Tenho precisado olhar pra dentro de mim e tentar voltar ao leme desse barco desgovernado.
Hoje vou me despedir e fazer uma aposta. Despeço-me de 2009. Foi um dos piores anos de toda a minha vida. Perdi muita gente, perdi muita coisa. Perdi dois amores. Minha casa (meu corpo) se desarrumou, taxas se alteraram, senti dor nos ossos, senti dor na cabeça, senti dor na alma (que ainda dói, um pouco menos agora). Eu me despeço deste ano sem um pingo de saudade. Na balança da vida, as coisas ruins suplantaram as boas. E mais uma vez se confirmou a minha cisma com os anos ímpares. Eles nunca são muito legais pra mim.
Agora quero fazer uma aposta. Quero apostar na mudança. De conceitos, de pensamentos, de foco. Quero e vou – pela última vez – dar uma chance à vida e ver o que ela me reserva. Vou voltar pra junto do Deus que acredito, pros amigos que amo (e são muitos), pras pessoas que me dão aconchego. Vou curtir mais minha família, minha mãe, que é um ser de luz, minha tia Socorro, que é tão parecida comigo e da qual eu tenho tanto orgulho, do meu filho maravilhoso, que é meu alicerce e meu porto seguro, enfim, vou tentar sorrir pra vida. E espero do fundo do meu coração, que 2010 sorria pra mim.
E pra finalizar, agradeço a todos aqueles que tiveram paciência comigo, pois sei que não é nada fácil encarar meu humor naturalmente, quanto mais com a alma atormentada. Obrigada Lucas, por me entender e me respeitar com seu silêncio preocupado, minha mãe maravilhosa, paciente e carinhosa, tia Socorro, tia Ana, tia Iria, Ângela, tio Poly, Carmen, Alexandre, Arthur, Flavia, minha irmã querida, que mesmo de muito longe se preocupou tanto, Bruno, meu sobrinho, Daniel, meu parceiro, Suely, minha irmã de alma e que tanto me ajudou com suas orações e conselhos, Rosa, minha sócia querida, Xande, meu amigão, Verinha Rocha, minha amigona que me apóia tanto com suas palavras, Codnome Beija-flor (ela sabe de quem estou falando), que tentou tanto me visitar (mas ela vem hoje, de presente de “Natal”), meu Beagle, enfim, todos os que amo e amarei sempre. Obrigada! (Cassia Miranda)